Carta sobre o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Belo Horizonte, 18 de abril de 2009.
Olá Karina, tudo bem com você?
Nós, através desta carta, queremos te falar sobre nossa visita ao Museu de História Natural da UFMG. Para começar queremos te dizer que antes de iniciarmos nossa caminhada a professora Mônica fez uma roda de conversa conosco e foi passando para cada uma de nós o ninho de uma ave e ao pegá-lo tínhamos que dizer o que o ninho representava para nós. As palavras que mais apareceram foram cuidado e aconchego.
Em seguida, fomos até o Museu de Paleontologia, ficamos “livres” para observá-lo e lá existem fósseis de animais marinhos, o esqueleto do Homem de Lagoa Santa, réplicas de dinossauros em tamanho original, a réplica do crânio da Luzia (o original encontra-se no Rio de janeiro). Na entrada há um quadro com os animais em suas respectivas “eras” geológicas: Cambriana, Cenozóica, Paleozóica, Mesozóica. Foi a partir deste quadro que a professora fez algumas perguntas a respeito da origem da vida, da evolução das espécies e o “porquê” dos animais estarem numa determinada era geológica: Será que foi uma classificação aleatória? Como é que os cientistas fizeram isso? Bom, daí surgiram algumas respostas: que pelo estudo dos fósseis descobre-se a idade do animal e isso é possível fazer pela verificação do carbono presente no fóssil. Sobre este aspecto, o monitor do museu João mencionou que se os cientistas analisarem 10 fósseis e se estes apresentarem características semelhantes, eles são agrupados no mesmo período geológico.
Quanto a origem da vida, a professora pontuou que ela não veio junto com a origem do universo (Big-Bang) e que provavelmente a origem da vida começou na água do mar: uma molécula foi se juntando a outras moléculas (proteínas, sais minerais, aminoácidos) através de descargas elétricas. Desta reação química surgiram os primeiros seres-vivos (bactérias) que não necessitavam do oxigênio para sobreviverem. Esta última parte foi explicada pela monitora Thalita. A partir da pergunta feita pela Bárbara questionando como foi possível todos os dinossauros terem sido extintos de uma só vez, a professora respondeu dizendo que se oxigênio acabasse nós também seríamos extintos como os dinossauros. Depois desta “aula” mediada pela professora, suas monitoras e o João, este nos apresentou a réplica do crânio da Luzia e nos mostrou a representação do processo de fossilização.
Para responder a essas questões contamos com a mediação das monitoras da professora e do monitor do museu João que demonstrou domínio sobre o assunto.
A atividade prosseguiu com a visita às exposições de Arqueologia e Mineralogia. A primeira a ser visitada foi a exposição de Arqueologia, com enfoque em transformação do meio ambiente desde a Pré-história. Observamos os instrumentos de pedra lascada e polida e relacionamos as pinturas rupestres com os animais caçados pelas comunidades primitivas. Tal exposição nos permite ver de perto, utensílios e manifestações artísticas produzidas, há bastante tempo pelo homem. Vimos materiais em pedra polida, picoteada e lascada, painéis, em que se reproduzem pinturas rupestres encontradas em diferentes regiões de Minas Gerais, e, também, de vários artefatos e peças de cerâmica.
Em seguida, nos dirigimos para a exposição de Mineralogia, fizemos uma rápida visita e observamos que a exposição começa numa réplica de caverna, construída no local, apresentando vários exemplares de rochas e gemas encontradas no Brasil e os relaciona à vida prática do homem, além de situar a descoberta de cada um deles no contexto da história do Brasil e pode se perceber a diferença entre materiais e objetos, as propriedades dos materiais e a origem dos mesmos, as pedras brasileiras, principalmente as de Minas Gerais.
Depois fomos ver o Presépio de Pipiripau, a Professora nos informou que o primeiro movimento do presépio aconteceu em 1906, quando o pequeno Raimundo Machado, na época com 12 anos de idade, colocou a imagem do Menino Jesus em uma caixinha de sapatos forrada cabelos de milho,e que a partir de então foram surgindo novos personagens. Os personagens foram confeccionados em sua maioria com massa de papel, papelão e gesso se juntavam ao presépio para narrar a vida de Jesus, do nascimento à ressurreição. Com o sucesso da obra o artista deu vida ao Pipiripin, um presépio menor, também feito de materiais simples confeccionadas com papel e gesso e movido por um motor elétrico. Em 1986, o Pipiripin, passou a integrar, oficialmente, o acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Ficamos vislumbrados quando o Monitor João ligou o presépio menor, visto que o Piripipau só pode ser ligado nos fins de semana.
Para terminar a nossa visita fizemos uma gostosa caminhada pela Trilha das Borboletas, onde observamos mais um pouco da rica flora do Museu.
O passeio/aprendizado foi muito bom. Esperamos que você fique curiosa e com vontade de conhecer esse espaço maravilhoso.
Abraços,

Tereza Trindade
 
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