Carta sobre a visita ao Museu de Ciências Morfológicas da PUC-MG


Contagem, 28 de abril de 2009.

Querida Ana,

Como você está? Espero que tudo bem.
Escrevo esta a fim de lhe falar sobre a visita que fiz ao museu da PUC, ou melhor, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. Lá você pode fazer visitas com as temáticas: biologia, paleontologia e arqueologia o que é muito interessante e despertou em mim uma vontade enorme de conhecer mais sobre o museu.

Quando cheguei, lá estavam algumas alunas da pedagogia da UFMG, encontrei logo em seguida a professora, que aproveitou a uma preciosa oportunidade: uma palestra do Professor Cástor Cartelle, que nos orientou em toda visita ao museu (mas, como não deveria deixar de falar, algumas alunas, ainda assim preferiram acompanhar um monitor, e perderam uma oportunidade única de conhecer algo muito bacana). O professor falou a respeito da origem do homem, evolução das espécies e sobretudo da importância da preservação das peças dos museus e como o Brasil trata desse assunto , o que concordo com o professor é uma verginha que o país não reconheça a sua importância no cenário mundial. Além disso, o professor nos informou que o Museu de Ciências Naturais foi criado em 1983 e possui uma das principais coleções de mamíferos fósseis da América do Sul. Há uma necessidade urgente de entender e respeitar o patrimônio natural e cultural da humanidade.

Pude ver com mais riqueza de detalhes a exposição paleontológica, “A Era dos Répteis”, mas a exposição arqueológica “Cavernas: Espaços Subterrâneos de Vida – Apresentado pelo Homem da Caverna”não foi possível ver/visitar pois estava em reforma.

É sem dúvida uma viagem no túnel do tempo. Réplicas de fósseis de dinossauros e de outros animais da fauna brasileira que foram extintos, como a preguiça gigante, o mastodonte, toxodonte e tigre-dentes-de-sabre e outros animais atuais dentre eles,mamíferos, aves, répteis e anfíbios, tais como tatus, tamanduás e onças, além de painéis, vitrines e fósseis que ilustram o ambiente e que reconstitui o atual cerrado. A visita me deixou cheia de perguntas e vontade de pesquisar e saber um pouco mais a respeito desse mistério que é a origem da vida, pois animais se extinguiram e outros não será por quê? Essa é uma dúvida que vou deixar para você querer pesquisar para responder.

Não posso terminar sem falar do réplica de Luzia, cujo crânio, datado de 11 mil anos, foi encontrado na região de Pedro Leopoldo, na Grande BH, o qual tive a oportunidade de ver (réplica) no Museu da UFMG. Os fósseis expostos são réplicas perfeitas e os originais ficam guardados num espaço, a reserva técnica.

O professor Cartelle nos levou a reserva técnica, lá explicou com ajuda do Luciano (monitor) como preservar e montar aqueles quebra-cabeças. Ainda falou da dificuldade de se conseguir armários para o restante da coleção, falta mais de 30 mil peças para serem etiquetadas para que o professor fique tranqüilo, pois em nenhum outro lugar você encontrará essa riqueza fosséis. Sempre tive vontade de visitar esses espaços e fiquei admirada com tudo, principalmente com a atenção e disponibilidade do professor.
Alem disso fui ver a exposição Vida na água, o qual o tema é a diversidade da fauna do meio aquático, está exposto desde as formas mais primitivas, como os invertebrados, até os seres mais complexos, como as baleias e golfinhos. A exposição traz ainda uma coleção de conchas de moluscos – cerca de 1.000 exemplares de todos os tamanhos, formas e cores, e de diversas partes do mundo. Algumas foram doadas para o professor Cartelle.

Fiquei sobremaneira fascinada e empolgada com a visita, acho que para um dia é muita coisa a ser vista, o tempo passou voando. Espero que, depois de tudo o que eu disse, você vá visitar.

Beijos,

Tereza Trindade

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